domingo, 24 de julho de 2011

Laicidade - por Luiz Rocha

Artigo

Texto de Luiz Rocha - 21/07/2011


Laicidade é a rejeição da influência do clero na vida pública. Quando um Estado não é laico, existindo uma crença dominante, esta é considerado pelos seus líderes e seguidores como sendo absolutamente legítima, não aceitando as demais religiões. Neste caso, a religião é imposta aos cidadãos, não levando em contas as convicções religiosas e espiritualistas individuais, sendo os ateus e agnósticos também obrigados a se converterem à religião dominante.

Na época das Cruzadas, milhares de pessoas foram mortas "em nome de Deus", e ainda hoje, na Palestina, a história se repete, só que desta vez a luta é entre judeus e muçulmanos. Infelizmente, as manifestações de extremo fanatismo religioso acontecem em todo o mundo.

Teoricamente, o Brasil é um país laico. A Constituição garante a liberdade de culto, mas o que vemos é o Cristianismo dominando, não apenas quantitativamente, mas na política também. A manipulação das massas é uma estratégia usada pela Igreja para exercer um poder que não lhe é devido. Esses religiosos se utilizam de um discurso moralista, baseado na ideia de pecado e castigo, de céu e inferno, o que amedronta os fiéis, que "temem" a esse Deus que castiga, que muito exige e que tão pouco dá em troca. Cabe ressaltar que esse "pouco", muitas vezes, é o mínimo necessário para a sobrevivência dos fiéis, que acreditam que esse "mínimo necessário" é uma benção de Deus, e não fruto de seus próprios méritos.

A interferência da Igreja nos assuntos do Estado provoca preconceito, discriminação e segregação de pessoas e grupos minoritários. A interferência da Igreja na Educação pode provocar o preconceito contra os alunos de outras religiões. Esta é a grande desvantagem do ensino religioso nas escolas municipais na cidade do Rio de Janeiro. Nesse caso, seria uma educação excludente, e estaríamos formando alunos preconceituosos e - queira Deus que não - agressivos e intolerantes com as diferenças

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